nossa participação na olimpíada, crônica Gabriel W.


Aluno: Gabriel Wenderrosck, 9º ano
Profª Silvia Nogueira

                                   Uma viagem inesquecível

No meio da semana o meu pai avisou que a gente ia visitar o meu avô no final de semana. Arrumamos nossas malas, fechamos a casa e entramos no carro. Saímos às seis da manhã. Meu pai dirigiu mais ou menos uns quarenta minutos, mas meus irmãos menores, de 11 e 10 anos, aliás, todos nós, queríamos comer alguma coisa. Paramos na lanchonete de sempre. Pedimos uns salgados. Eu pedi um pastel de frango com catupiry, meus irmãos pediram coxinha e meus pais pediram pasteis de bacalhau. Ficamos uns vinte minutos e seguimos viagem.
Chegamos até a entrada do Frade. Meu avô mora na vila de Tapera, bem na divisa entre Trajano de Morais e Macaé. Entramos à direita e pegamos uma reta que tinha uma vista muito bonita. Minha mãe pegou a câmera e tirou algumas fotos do sol no meio das montanhas. É uma estrada realmente com muita paisagem bonita. Subindo a serra, o meu pai parou de repente, virou-se para mim e perguntou: - você quer aprender a dirigir? Eu respondi: - Claro que sim! Meu pai, satisfeito, concordou: - está bem.
Ele saiu do banco do motorista e sentou do lado do carona. Desci do carro e sentei no lugar dele, em frente ao volante. Meu pai fez algumas recomendações e concluiu: - Faça tudo que eu falar com você. Nosso carro era nada mais, nada menos que um fusca. É o nosso “que nem” azul. Então, coloquei a mão no volante, apertei de leve, pisei na embreagem. Coloquei a primeira marcha. Acelerei devagar soltando a embreagem. A minha perna estava tremendo muito. Foi um momento de muita emoção e eu estava realmente nervoso. Afinal, eu nunca havia pegado em um carro para dirigir. Eu jogo videogame e de tanto jogar com games de carro, achei que havia ganhado algumas habilidades.
Mas o carro morreu algumas vezes na hora de passar a marcha. Meu pai disse para eu ficar calmo e soltar mais devagar a embreagem. Fiz do jeito que ele falou.  Começamos a subir a serra, eu acelerei e foi uma sensação ótima. Não corri muito, não. Como a subida era muito íngreme e cheia de curvas, eu ia com cuidado. Nas curvas eu reduzia, nas retas eu passava para a segunda, terceira marcha. Meu pai até brincou comigo dizendo que ia deixar a porta do carro encostada porque se eu jogasse o carro no desfiladeiro, dava tempo dele pular e abandonar a gente no barco. Quando aparecia um carro, meu pai mandava eu ir para o acostamento para o outro carro poder passar. A estrada mudava muito. Tinha pedaços escuros e frios quando o sol não batia e pedaços com bastante sol. Estava mesmo um dia bem bonito para aprender a dirigir.  
Já próximo à casa do meu avô, da estrada mesmo, após uma curva acentuada já dava para ver a represa ao fundo. A represa é bem profunda, tem até uma barragem. Acho que abastece algum lugar. A estrada de chão tinha muitos buracos. Naquele dia percebemos que a “patrola” havia passado por ali, limpando a estrada. Meu pai pediu para que eu fosse devagar até a beira da represa que dava acesso à casa do meu avô. Estacionei feliz. Buzinamos para avisar ao meu tio que havíamos chegado. Esse era nosso sinal sempre. Pegamos as coisas no bagageiro e colocamos na canoa do meu tio. Atravessamos a represa na canoa, apreciando a paisagem. No meio da represa a gente consegue enxergar o pico do Frade. Minha mãe aproveitou e tirou mais fotos. Desembarcamos do outro lado, meu tio amarrou a canoa à margem. Subimos um caminho e chegamos na casa do meu avô. A casa do meu avô é bem grande com duas cozinhas. Meu tio, que era pedreiro em Macaé, fez uma casa de alvenaria, porque a antiga de estuque estava caindo. Na nova casa tem duas cozinhas, porque em uma delas fica o fogão à lenha. Essa cozinha é a nossa preferida, porque nas noites geladas, ela fica quentinha.    
Nem bem chegamos, troquei rápido de roupa, satisfeito com as aulas do meu pai e fui tomar banho na represa, na parte mais rasa. Fiquei o dia inteirinho até escurecer. Saímos para almoçar a comida do meu avô, demos um tempinho para voltar para a água. A temperatura da água é uma delícia, frio só dá quando bate o vento.
E como se não bastassem as emoções do dia, o pessoal da casa estava animado para ir a uma festa de aniversário lá perto. A gente se arrumou bem bonito e fomos caminhando. Todo mundo junto. Tinha bastante gente e a família do aniversariante havia matado um boi para fazer churrasco. Quando entrei na casa, percebi logo uma garota linda. Ela também me encarou. Resolvi me aproximar e começamos a conversar, mas não deu em nada. Parece que ela já tinha namorado.



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