cronica de Keila Barros



O lugar onde vivo

No lugar onde eu vivo eu queria que houvesse um show, não qualquer espetáculo, um show! Espero em minha vida por um show da banda Green Day. Eu queria que eles viessem a Macaé e tocassem as músicas deles. Eu queria conhecê-los e eles me ensinassem a arte da música. Queria aprender como é estar sempre viajando em grandes turnês, sempre vendo milhares de fãs fazendo de tudo para ver o grande trio do punk rock. Seria pedir demais? Esse é o maior sonho da minha vida, porque sempre que eu estou mal ou em uma dia pouco favorável, escuto as músicas deles e tudo melhora. A música em si é feita para animar ou emocionar alguém, é como se fosse poesia. A música sempre me acompanhou. Por mim, gostaria viver da música. Não só porque é cult, mas porque faz bem para mim, me deixa feliz.
Cada vez que olho uma foto deles, eu começo a ter um gosto a mais pela vida. Tenho vontade de apreciar cada minuto que me resta de uma forma diferente da atual. Eu sei o que sinto, os meus desejos mais ocultos, mas não sei muito como traduzir em palavras. As músicas dessa banda, acho que fazem isso por mim. Dizem o que sinto, mas que não sei dizer.
Mas também às vezes me invade um pouco de raiva e mágoa porque eu não estou lá, com eles, para ver como é de verdade viver da música. Minha mãe às vezes me fala que quem vive da música, vive da vadiação. Discordo. Acho que quem vive da música, vive da alegria das pessoas.
O grande problema disso tudo é que muita gente vive julgando os outros pelos seus gostos musicais. Eu mesma sou sempre criticada por aquilo que gosto de ouvir. É quase como se todos devessem ter um gosto apenas. Um gosto certo. Uma ditadura do gosto. É complicado ouvir essas críticas, ainda mais das pessoas que dizem querer o seu bem, mas não agem como tal. Até as pessoas que se dizem minhas amigas. Da minha idade. Acho que, de certa forma, esse é o modo mais fácil de se conhecer as pessoas falsas na vida.
Eu gosto de ouvir rock. Desde onze anos, comecei a me interessar por esse ritmo. Meu pai certa vez resolveu me mostrar o que ele escutava. Colocou um cd do grupo  “Engenheiros do Havaí”. Achei que era uma coisa interessante de se escutar. O ritmo contagiava, cantava mesmo sem conhecer a letra. A partir desse momento, fui para a internet pesquisar, ouvia o que as pessoas diziam. Mas me recusava a ouvir as bandas do  momento.
Um dia, zapeando na televisão, parei no canal de música. Li o nome da banda Green day e o nome da canção e me interessei. Procurei a letra na Internet e percebi a crítica ao governo Bush. Resolvi fazer uma pesquisa ainda maior e descobri bastante coisa interessante sobre o rock.
Meu desejo é saber mais.   

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