Todo texto tem FORMA e CONTEÚDO. Além disso, cada texto possui uma ESTRUTURA escolhida pelo escritor. Reconhecer essa forma dentro da forma é importantíssimo para encontrar o sentido e a beleza de cada texto. Na poesia não é diferente. A forma , às vezes , é o próprio poema - como nas poesias concretas. Na leitura do poema de Manuel Bandeira abaixo, observe como ele foi escrito - a FORMA. E observe também que efeito a estrutura interna produz para a compreensão do poema.
Canção do vento e da minha
vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de
folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de
cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Observou??? Agora, produza um poema sobre qualquer tema, mas reproduza a ESTRUTURA do poema de Manuel Bandeira que você observou.
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