Vasculhando um livro sobre Vinícius de Moraes, li a poesia intitulada "Auto-retrato". Como a atividade- desafio é justamente sobre isso, inspire-se.
Auto-retrato
Nome: Vinicius. Por quê?
O Quo Vadis, saído em 13
ano em que também nasci.
Sobrenome: de Moraes
De Pernambuco, Alagoas
e Bahia (que guardo em mim).
Sou carioca da Gávea
bairro amado, de onde nunca
deveria ter saído.
Fui, sou e serei casado
e apesar do que se diz
não me acho tão mau marido.
Filhos: três e um a caminho
Altura: um metro e setenta
Meão, pois. O colarinho
trinta e nove e o pé quarenta.
Peso: uns bons setenta e três
(precisam ser reduzidos...)
Dizem-me poeta; diplomata
eu o sou, e por concurso
jornalista por prazer
nisso tenho um grande orgulho
breve serei cineasta
(ativo). Sou materialista.
deito mais tarde que devo
e acordo antes do que gosto.
[...]
Infância: pobre mas linda
tão linda que mesmo longe
continua em mim ainda.
[...]
Registro das atividades, projetos e aulas das turmas de língua portuguesa do Colégio Municipal Professora Elza Ibrahim, Macaé, RJ
sexta-feira, 29 de março de 2013
domingo, 24 de março de 2013
Um Brasil que dá certo
Acesse o link do programa GloboUniversidade de sábado passado:
http://redeglobo.globo.com/globocidadania/videos/t/globo-universidade/v/unilab-integra/2473614/
domingo, 17 de março de 2013
ATIVIDADE - DESAFIO 2
Vamos ao GRAND FINALE...
No poema "Morte e Vida Severina" , na parte da apresentação do retirante, João Cabral de Mello Neto, trabalhou a apresentação de Severino.
Seu segundo desafio é fazer uma autoapresentação, seguindo o modelo poético de João Cabral.
A progressividade dos elementos, as rimas, o ritmo e o tamanho dos versos devem ser observados. Quando você terminar de compor seu poema, leia-o em voz alta. Se gostar, então, com a ajuda de sua DUPLA, filme sua recitação. Pode ser em casa, pode ser do jeito que você entender que te representa, seja na roupa, seja no lugar que escolher para recitar.
PRAZO FINAL: 01/04 PARA A F9102 E 02/04 PARA A F9101
ATIVIDADE- DESAFIO 1
Todo texto tem FORMA e CONTEÚDO. Além disso, cada texto possui uma ESTRUTURA escolhida pelo escritor. Reconhecer essa forma dentro da forma é importantíssimo para encontrar o sentido e a beleza de cada texto. Na poesia não é diferente. A forma , às vezes , é o próprio poema - como nas poesias concretas. Na leitura do poema de Manuel Bandeira abaixo, observe como ele foi escrito - a FORMA. E observe também que efeito a estrutura interna produz para a compreensão do poema.
Canção do vento e da minha
vida
O vento varria as folhas,
O vento varria os frutos,
O vento varria as flores...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De frutos, de flores, de
folhas.
O vento varria as luzes,
O vento varria as músicas,
O vento varria os aromas...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De aromas, de estrelas, de
cânticos.
O vento varria os sonhos
E varria as amizades...
O vento varria as mulheres...
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De afetos e de mulheres.
O vento varria os meses
E varria os teus sorrisos...
O vento varria tudo!
E a minha vida ficava
Cada vez mais cheia
De tudo.
Observou??? Agora, produza um poema sobre qualquer tema, mas reproduza a ESTRUTURA do poema de Manuel Bandeira que você observou.
domingo, 3 de março de 2013
9º ano - saibam que poetas podem ver na escuridão
Contextualizando...
Quero começar este ano falando de poesia.
Qualquer lugar pode ser a casa da poesia, pois ela nasce das coisas mais comuns às mais extraordinárias.
Qualquer lugar pode ser a casa da poesia, pois ela nasce das coisas mais comuns às mais extraordinárias.
Quem faz poesia,
usa a língua portuguesa de uma forma mais profunda e mais contundente,
transformando palavras "ordinárias" em palavras de poder.
Adoro a canção
"Língua" de Caetano Veloso. Assista no you tube.
"Gosta de sentir a minha língua roçar a língua de Luís de Camões
Gosto de ser e de estar
E quero me dedicar a criar confusões de prosódia
E uma profusão de paródias
Que encurtem dores
E furtem cores como camaleões
Gosto do Pessoa na pessoa
Da rosa no Rosa
E sei que a poesia está para a prosa
Assim como o amor está para a amizade
E quem há de negar que esta lhe é superior?
E deixe os Portugais morrerem à míngua
"Minha pátria é minha língua"
Fala Mangueira! Fala!"
Flor do Lácio Sambódromo Lusamérica latim em pó
O que quer
O que pode esta língua?
O que quer
O que pode esta língua?
[...]
A poesia fala de
tudo.
A gente pensa que poesia fala apenas de amor, mas isso não está correto.
Embora, quando ela fala de amor, fala de um jeito...
Ouça Vinícius de
Moraes recitando seu poema "Soneto de Fidelidade"
Segundo o poeta,
Paulo Leminski, a sociedade precisa dos poetas. Veja:
Não tenha preconceitos. Poesia não é só sentimento,
coisa melosa e piegas, como muitos pensam. "Poesia é transgressão, é a
subversão da língua. Ela pode fugir às normas estabelecidas conforme o efeito
que se quer criar". A poesia pode apontar caminhos para a existência.
Leia o poema
"Subversiva" de Ferreira Gullar
A poesia
quando chega
não respeita nada.
Nem pai nem mãe.
Quando ela chega
De qualquer de seus abismos
Desconhece o Estado e a Sociedade Civil
Infringe o Código das Águas
Relincha
E só depois
Reconsidera: beija
nos olhos os que ganham mal
Embala no colo
os que têm sede de felicidade
E de justiça.
E promete incendiar o país.
Poesia não pode ser dita de qualquer maneira, poesia tem ritmo. Por isso, desde seu nascimento, poesia e música se misturam.
Para ir finalizando esse encontro, um professor recita o poema de Manuel Bandeira, "trem de ferro". Confira, clicando:
http://www.youtube.com/watch?v=Pog-LGHzlTg
Para ir finalizando esse encontro, um professor recita o poema de Manuel Bandeira, "trem de ferro". Confira, clicando:
http://www.youtube.com/watch?v=Pog-LGHzlTg
e a parte inicial do grande poema “Morte e Vida
Severina” de João Cabral de Melo Neto
Morte e vida severina
(Auto de Natal Pernambucano)
(Auto de Natal Pernambucano)
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
Festa da Cultura : Meu Brasil Brasileiro
O trabalho da turma do 7º ano foi a "leitura de mesa" do texto dramático "Os meninos Verdes" de Cora Coralina (Goiás-região centro-oeste) sob a direção do professor Vagner da Silva Rosa (diretor teatral) e da professora Maria Helena M. Pereira da Sala de leitura e biblioteca do Colégio Elza Ibrahim.
Fiquei positivamente surpresa com o aluno Luis Junior que tem um verdadeiro interesse pelo teatro. Ele foi vital para a organização da turma.
A galera:
Um pouco de Cora Coralina: http://www.youtube.com/watch?v=iC5WYnWRPag
Um pouco dos meninos verdes no teatro de bonecos: http://www.youtube.com/watch?v=yjiU2FL290w
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